O computador a serviço de uma nota mais alta

Data: 15/04/2011
Veículo: DESTAK - DF

Em escola da Vila Planalto, todos os alunos participam das aulas com um pequeno laptop à disposição

As paredes da escola são de ferro, as carteiras são simples, assim como todo o pátio de recreação e a comunidade ao redor. Mas quem atravessa os portões da única unidade de ensino da Vila Planalto, o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 01, encontra uma realidade diferente. Lá, cada aluno participa das aulas com um laptop à disposição na mesa.

O Programa Um Computador por Aluno (ProUca) chegou ao CEF e ao DF em 2006, quando o governo federal enviou 45 computadores para a escola da Vila Planalto. Somente em 2009, contudo, todos os 605 alunos da 1ª à 8ª série do colégio foram beneficiados com a chegada de outros 707 laptops. Desde então, o computador divide espaço na mesa de estudo com os tradicionais cadernos e lápis.

Desempenho

Depois da implantação do projeto, a nota da escola no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) pulou de 3,7 para 4,7, meta do Ministério da Educação que as unidades de ensino brasileiras têm até 2013 para atingir.

À primeira vista, o aparelho mais parece um brinquedo do que um computador de verdade. Pequeno, nas cores azul-claro e branco, o equipamento tem todas as funções de um computador normal, com jogos, editores de texto e acesso à internet, mas também programas desenvolvidos especificamente para atividades de ensino e aprendizagem. É nele que os professores realizam diferentes exercícios para atrair a atenção das crianças. "O computador se tornou fundamental na sala de aula", observa a professora da 4ª série Daisy Avelar.

Antes, contudo, os 54 professores da escola também tiveram de virar alunos para aprender a utilizar a ferramenta e a criar atividades relacionadas às disciplinas que ensinam.

Para os alunos, a chegada do computador à sala de aula ainda causa encantamento. "A grande maioria deles vem de família de renda baixa e não tem um computador em casa", diz a diretora Edna Clemente, explicando por que os olhos das crianças brilham tanto quando utilizam o aparelho.

"Com o computador a aula é muito mais divertida", confirma Eduardo Camargo, que aos 8 anos já sabe que no futuro pretende trabalhar com informática.

Até hoje, o UCA só foi implantado em seis escolas do DF, beneficiando 2,6 mil alunos do ensino fundamental. Cada laptop custou aos cofres públicos R$ 344,18, num total de R$ 277 mil. Nem o GDF nem o governo federal, no entanto, têm planos de expandir o programa para outras escolas da rede de ensino público local.

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