Musical sobre nudez e megaprodução com Murilo Rosa esquentam programação teatral

Tem malabarista, homem pelado e cangaceira. Todo mundo cantando e dançando. Com a pandemia dando uma trégua, a temporada teatral ganha fôlego com a estreia de diversos espetáculos, incluindo quatro musicais. Entre as novidades estão as versões brasileiras para sucessos da Broadway —“Barnum — O rei do show”, que já inspirou filme com Hugh Jackman —e do off-Broadway “Naked boys singing”. Confira estes e outros musicais que chegam aos palcos.
‘Barnum — O rei do show’

Ganhador de uma dezena de prêmios Tony, o espetáculo montado pela primeira vez nos anos 1980 nos Estados Unidos ganha versão de Claudio Botelho, que chega ao Teatro Casa Grande, no Leblon, após temporada de casa cheia em São Paulo. Em meio a acrobacias e malabarismos circenses, o musical —escrito por Mark Bramble e com músicas de Cy Coleman — conta a história do showman Phineas Taylor Barnum, idealizador da maior companhia de circo itinerante do século XIX.
— Barnum reunia a diversidade, transformando figuras consideradas bizarras ou excluídas em um grande show. Ele observou o futuro e ajudou a criar o entretenimento como conhecemos hoje — aponta Murilo Rosa, que interpreta o papel-título, vivido por Hugh Jackman no cinema, e protagoniza até uma cena em que anda na corda bamba. — Não há cabos ou redes de segurança, então dá um frio na barriga. E tem que dar mesmo, ou você cai!
Sabrina Korgut, Giulia Nadruz e Diva Menner completam o núcleo principal da produção dirigida por Gustavo Barchilon. A direção musical é de Thiago Gimenes e a coreografia é de Alonso Barros.
Teatro Casa Grande: Av. Afrânio de Melo Franco 290, Leblon. Sex, às 20h30. Sáb, às 17h e às 20h30. Dom, às 16h e às 19h30. R$ 120 (balcão setor 2), R$ 180 (plateia setor 1) e R$ 200 (plateia VIP). 100 minutos. Livre. Até 1º de maio.
‘Naked boys singing’
Dez atores nus em cena cantando, dançando e celebrando a vida ao som de músicas tocadas ao vivo no piano conduzem a peça, que já teve montagens em mais de 20 países e, depois de duas temporadas em São Paulo, estreia no Teatro Claro Rio, em Copacabana. Criada em Los Angeles, em 1998, a peça fez sucesso no off-Broadway nova-iorquino, virando um ícone da cena gay. Inspirado nos vaudevilles franceses e dividido em 14 quadros que dialogam entre si, o musical de Robert Schrock vai do cômico ao nonsense para abordar temas como masturbação, HIV, ereção involuntária, padronização do corpo e circuncisão.
— Queremos mostrar que corpos masculinos também podem ser artísticos, sem sexualizá-los. A ideia é naturalizar — conta o diretor Rodrigo Alfer, que destaca que alguns aspectos do musical foram atualizados. —Não dá mais para termos apenas corpos padronizados e sarados.
Teatro Claro Rio: Rua Siqueira Campos 143, 2º piso, Copacabana. Sex e sáb, às 20h. Dom, às 19h. R$ 90 (balcão) e R$ 120 (frisa e plateia). 80 minutos. 16 anos. Até 24 de abril.
‘As cangaceiras — guerreiras do Sertão’

Com texto de Newton Moreno e direção de Sergio Módena, o musical exalta a força feminina na luta por liberdade e contra mecanismos de opressão dentro do próprio cangaço. No elenco estão nomes como Vera Zimmerman, Amanda Acosta e Marco França.
Teatro Riachuelo Rio: Rua do Passeio 38/40, Centro — 3554-2934. Qui a sáb, às 20h. Dom, às 19h. R$ 70 (balcão superior), R$ 100 (plateia e balcão nobre) e R$ 120 (plateia VIP). 135 minutos. 12 anos. Até 20 de março.
‘Cazuza, pro dia nascer feliz — O musical’
A trajetória do artista é contada por meio de seus grandes sucessos na peça com texto de Aloísio de Abreu e direção de Stella Maria Rodrigues, que estreia no Imperator em montagem do Centro de Estudos e Formação em Teatro Musical (Ceftem). No repertório, hits como “Bete Balanço”, “Exagerado”, “Ideologia” e “O tempo não para”, além de algumas composições que não chegaram a ser gravadas pelo artista. Ao todo, são mais de 25 números musicais apresentados por 21 atores e cantores.
Imperator — Centro Cultural João Nogueira: Rua Dias da Cruz 170, Méier. Dom, às 15h e às 19h. R$ 40 (balcão) e R$ 80 (plateia). 80 minutos. Livre. Até 2 de abril. Atenção: os horários variam a cada semana.
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